Moda & Sociologia

Bíquini: Bom e bonito

   Se há um setor do vestuário em que o Brasil está na frente, sem dúvida é o de moda praia. Além de ser o país que mais fabrica e consome esse tipo de roupa, o Brasil avançou em tecnologia e modelagem ao longo dos anos. O biquíni brasileiro é conhecido e reconhecido internacionalmente, seja por seu estilo mais ousado, por sua qualidade ou mesmo pela criatividade dos modelos, que o diferencia dos de outros paises.
  
   Apesar de toda essa vocação natural em relação aos trajes de banho, o biquíni não é uma invenção nacional. Ele foi inventado pelo estilista francês Louis Réard que o batizou com o nome do pequeno atol de Bikini, no Pacífico, onde os americanos haviam realizado uma série de testes atômicos.
     
        "O biquíni é a invenção mais importante deste século -XX- depois da bomba atômica"  
(Diana Vreeland)
   
    O lançamento do primeiro biquíni foi em 26 de junho de 1946 e causou o efeito de uma verdadeira bomba. E mesmo com toda a euforia em torno da novidade, o biquíni não emplacou logo de cara. O primeiro modelo, todo em algodão com estamparia imitando a página de um jornal, se comparado aos de hoje, era comportado até demais. Entretanto, para os padrões da época, um verdadeiro escândalo. Tanto, que nenhuma modelo quis participar da divulgação do pequeno traje. Por isso, em todas as fotografias do primeiro biquíni, lá está a corajosa stripper Micheline Bernardini, a única a encarar o desafio (foto acima).

   Nos anos 50 atrizes e pin-ups americanas foram as principais divulgadoras do traje. A atriz Brigitte Bardot imortalizou o modelo no filme "E Deus Criou As Mulheres" (1956 - à esq.). A partir dai o biquíni ganhou ainda mais força e se espalhou pelo mundo, chegando no Brasil no final da década de 50, usado inicialmente por vedetes até o resto das brasileiras aderirem ao sensualismo dos modelitos.

Na década de 60, a imagem sensual da atriz Ursula Andress dentro de um poderoso biquíni, em cena do filme "007 contra o Satânico Dr. No" (1962 - à dir.) entrou para a história da peça.
 
Mas foi no início dos 70, que um novo modelo de biquíni brasileiro, ainda menor, surgiu para mudar o cenário e conquistar o mundo - a famosa tanga (foto à esq.).   Durante os anos 80 surgiram outros modelos, como o provocante enroladinho, o asa-delta e o de lacinho nas laterais, além do sutiã cortininha. E quando o biquíni já não podia ser menor, surgiu o imbatível fio-dental, ainda o preferido entre as mais jovens.

  Nos anos 90, a moda praia se tornou cult e passou a ocupar um espaço ainda maior na moda. Um verdadeiro arsenal, entre roupas e acessórios passaram a fazer parte dos trajes de banho, como a saída de praia, as sacolas coloridas, os chinelos, óculos, chapéus, cangas e toalhas. Os modelos se multiplicaram e a evolução tecnológica possibilitou o surgimento de tecidos cada vez mais resistentes e apropriados ao banho de mar e de piscina.

A ousadia e criatividade dos modelos atuais.

  Mesmo depois de tantas mudanças o biquíni continua super popular e uma das peças favoritas no armários das mulheres. Não importa se é grande, pequeno, cortininha, fio dental ou fraldão. O que importa é sempre garantir a moda (mesmo na praia!) e aquele bronzeado, é claro.
E ai? Já escolheu o seu? :)

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